FRATURA NO JOELHO
Fratura no joelho acontece quando há perda de continuidade óssea, ou seja, quando um ou mais de um osso do joelho quebra. O joelho é a maior articulação do nosso corpo. Por esse motivo os seus ossos são muito fortes. Fraturas no joelho não são machucados muito comuns. É preciso um traumatismo de alta energia para que um osso do joelho seja quebrado. A cicatrização desse tipo de lesão costuma ser demorada e, dependendo da gravidade do comprometimento ósseo, o paciente poderá ter alguma sequela pós-traumática.
FRATURA NO JOELHO
Fratura no joelho pode envolver qualquer um dos ossos que formam a articulação: fêmur distal, patela e tíbia proximal. A fíbula proximal não faz parte diretamente da articulação do joelho, mas suas fraturas, dependendo da classificação adotada pelo médico especialista, são também consideradas como fratura no joelho. Bebês, crianças, jovens, adultos e idosos podem sofrer esse tipo de lesão óssea.
TIPOS DE FRATURA
As fraturas são classificadas pelos médicos ortopedistas de várias maneiras. Numa fratura sem desvio, as partes quebradas mantêm contato entre si e continuam alinhadas. Numa fratura com desvio, as partes quebradas ficam separadas e o osso fica desalinhado. Uma fratura cominutiva é aquela onde existem vários fragmentos ósseos no local fraturado. A fratura no joelho pode ainda ser classificada como fechada ou exposta. Na fratura fechada a pele está íntegra. Na fratura exposta o foco da fratura tem contato com o meio externo através de um ferimento na pele.
COMO ACONTECE UMA FRATURA NO JOELHO?
Fraturas no joelho geralmente são causadas por traumatismos de alta energia como, por exemplo, uma queda de altura ou um atropelamento. Esportes de alto impacto podem causar esse tipo de lesão no joelho. No nosso meio os acidentes envolvendo motocicletas são uma causa comum de lesão óssea no joelho. Pessoas idosas podem sofrer fratura no joelho com traumatismos simples. Nesses casos a fratura no joelho costuma ser patológica. Os ossos ficam enfraquecidos devido à osteoporose e podem facilmente se quebrar.
FATORES DE RISCO
Existem vários fatores de risco para uma fratura no joelho. Ter artrose no joelho, ter mais de 60 anos de idade, praticar esportes de alto impacto, pertencer ao sexo feminino, ser fumante, ser consumidor de bebidas alcoólicas em excesso e já ter tido lesão prévia no joelho são os fatores de risco mais conhecidos para fraturas no joelho descritos na literatura médica.
SINTOMAS
Os sinais típicos de uma fratura no joelho são: dor, hematoma, inchaço, deformidade articular, incapacidade de movimentar o joelho e incapacidade de suportar o peso do corpo. A tentativa de dobrar e/ou esticar o joelho pode provocar crepitação óssea, que é o barulho que os fragmentos quebrados fazem quando são movimentados no foco da fratura.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de uma fratura no joelho é feito pelo exame físico do membro inferior e por exames de imagem. A radiografia do joelho é o primeiro exame a ser solicitado. Dependendo do tipo de fratura, outros exames podem ser necessários como tomografia computadorizada e ressonância magnética. Os exames de imagem são necessários para que o médico ortopedista identifique as características da fratura, faça a sua classificação e indique o melhor tratamento.
LESÕES ASSOCIADAS
O joelho é uma articulação complexa formada por várias estruturas. Os ossos do joelho são as estruturas anatômicas mais fortes da articulação. É fácil de entender que traumatismos que comprometem a estrutura óssea do joelho costumam estar associados com lesões de outras estruturas não tão fortes. Tendões, músculos, ligamentos, meniscos, vasos sanguíneos, nervos, cápsula articular e a cartilagem costumam apresentar algum grau de comprometimento quando existe um machucado envolvendo os ossos.
FRATURAS EM CRIANÇAS
Forças traumáticas aplicadas no joelho que ainda não está completamente formado resultam em padrões de fratura que são diferentes daqueles em adultos. O joelho da criança e do adolescente, que ainda está na fase de crescimento, é abundante em tecido cartilaginoso. O diagnóstico de fraturas no joelho em crianças pode ser desafiador. Muitas vezes a lesão não é muito evidente nas radiografias e acabam sendo identificadas nos exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética. A placa de crescimento no joelho imaturo ainda está aberta e sequelas envolvendo o crescimento ósseo podem acontecer. Crianças com fraturas no joelho deverão ser acompanhadas periodicamente até o término do crescimento.
TRATAMENTO
O tratamento de uma fratura no joelho dependerá das suas particularidades. Fraturas simples podem ser tratadas de forma conservadora com talas ou gessos para manter os ossos fraturados imobilizados enquanto acontece a consolidação óssea. Fraturas com desvios, vários fragmentos ou expostas podem precisar de cirurgia para unir os fragmentos separados e restabelecer o alinhamento ósseo. Parafusos, placas, hastes e fixadores externos são usados para reparar os ossos quebrados. Sessões de fisioterapia são muito importantes para a recuperação do paciente. A articulação precisa de um trabalho fisioterapêutico intenso para que possa readquirir a sua completa mobilidade. A imobilização do joelho, necessária para a consolidação óssea, costuma ser prolongada e não é incomum que o joelho desenvolva um quadro de artrofibrose.