JOELHO FLUTUANTE
Joelho flutuante é uma lesão rara e grave caracterizada pela fratura simultânea do fêmur e da tíbia ipsilaterais. Fraturas do fêmur e da tíbia, os dois ossos mais longos e fortes do corpo humano, não são muito comuns. Fraturas desses dois ossos, ao mesmo tempo e no mesmo membro inferior, são raras e costumam estar associadas a traumatismos de alta energia.
JOELHO FLUTUANTE
Joelho flutuante é a lesão caracterizada pelas fraturas ipsilaterais do fêmur e da tíbia. As fraturas no fêmur e na tíbia podem ocorrer em qualquer lugar ao longo dos dois ossos. O termo joelho flutuante foi usado pela primeira vez em 1.975 por Blake e McBryde para descrever essa lesão bastante incomum. Lesões do joelho flutuante costumam ser lesões complexas, graves, causadas por diferentes mecanismos traumáticos e que exigem tratamentos complexos.
MECANISMO DE TRAUMA
O joelho flutuante é uma lesão complexa causada por mecanismos de trauma de alta velocidade. As fraturas do fêmur e da tíbia simultaneamente costumam estar associadas a várias outras lesões no corpo, incluindo lesões graves em partes moles. Atropelamentos, acidentes automobilísticos envolvendo veículos em alta velocidade e quedas de grandes alturas são os mecanismos de traumas mais comuns do joelho flutuante.
POLITRAUMATIZADO
Pacientes com joelho flutuante costumam ser pacientes politraumatizados. Esses pacientes devem ser atendidos inicialmente observando-se o protocolo ATLS. As necessidades mais urgentes devem ser atendidas antes da avaliação ortopédica. Uma vez que o paciente esteja estabilizado e que outras lesões com risco de vida tenham sido tratadas ou descartadas, o paciente poderá ser avaliado pelo médico ortopedista especialista em joelho. Quando conscientes, os pacientes se queixam de forte dor no joelho, na coxa e na perna. A palpação da coxa e da perna, nos locais das fraturas do fêmur e da tíbia, provocam dor intensa. Deformidades grosseiras, encurtamento do membro inferior e incapacidade de movimentar o joelho ou de suportar o peso do corpo chamam a atenção já na avaliação ortopédica inicial. O estado neurovascular do membro inferior deve ser verificado minuciosamente. Exames de imagem confirmam as lesões. RX, tomografia computadorizada e ressonância magnética são os exames mais solicitados pelos especialistas. Além das fraturas do fêmur e da tíbia, lesões nos ligamentos do joelho são frequentemente diagnosticadas.
TRATAMENTO
O joelho flutuante é uma lesão complexa. O tratamento costuma exigir, na maioria das vezes, uma cirurgia para o reparo das lesões. O manejo da lesão depende de vários fatores como, por exemplo, se as fraturas são fechadas ou expostas, o padrão das fraturas, a localização das fraturas, o grau de cominuição das fraturas e a maturidade esquelética. Fixadores externos, hastes intramedulares, placas e parafusos condilares são as opções cirúrgicas mais usadas no tratamento do joelho flutuante.