HEMANGIOMA SINOVIAL DO JOELHO
Hemangioma sinovial do joelho é uma neoplasia benigna, de origem vascular, que acomete mais frequentemente os joelhos femininos. É uma das causas de dor crônica e de hemartrose no joelho. Esse tipo de neoplasia afeta mais comumente crianças e adultos jovens, tendo predileção pelo sexo feminino. Por ser uma patologia rara, o diagnóstico costuma ser difícil. A doença pode se manifestar em outras articulações do corpo, mas é mais comum de se diagnosticada no joelho.
HEMANGIOMA SINOVIAL DO JOELHO
Hemangioma sinovial do joelho é uma das causas de dor crônica no joelho e episódios de repetição de hemartrose, o sangramento intra-articular. Um hemangioma é caracterizado pelo crescimento anômalo e excessivo de vasos sanguíneos. Hemangiomas intra-articulares são tumores benignos muito raros que se desenvolvem na cápsula articular ou na membrana sinovial que reveste as paredes do joelho internamente. O joelho é a articulação mais frequentemente acometida por hemangiomas sinoviais. A doença foi descrita pela primeira vez no ano de 1.856 pelo médico francês Eugène Bouchut. Os pacientes costumam ser crianças ou adultos jovens. A maioria dos pacientes apresentam os primeiros sintomas antes dos 15 anos de idade. A doença tem predileção pelo sexo feminino. Ainda não se sabe o motivo, mas o compartimento medial do joelho é quase sempre o local onde os hemangiomas sinoviais se desenvolvem. Um hemangioma sinovial do joelho provoca sangramentos recorrentes dentro da articulação. A raridade desse tipo de tumor faz com que o diagnóstico da neoplasia seja, muitas vezes, difícil. Na maioria dos pacientes os sintomas no joelho acometido são bem inespecíficos.
CLASSIFICAÇÃO
Um hemangioma sinovial do joelho, dependendo das suas características macroscópicas e histológicas, pode ser classificado como capilar, cavernoso, arteriovenoso ou venoso. As lesões podem ainda ser classificadas como pedunculadas ou difusas. Existe ainda uma outra classificação que divide os hemangiomas em intra-articulares, justarticulares ou mistos.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Sinovite vilonodular pigmentada, lipoma arborescente, mixoma justarticular e sinovites inespecíficas são as principais patologias do joelho que podem ser confundidas com um hemangioma sinovial, inclusive criando dúvidas para os médicos patologistas.
SINTOMAS
Os sintomas do hemangioma sinovial do joelho são inespecíficos e comuns à maioria das doenças do joelho. Dor no joelho, derrame articular de repetição, joelho quente e diminuição da mobilidade articular são as queixas mais frequentes da neoplasia. Dor crônica no joelho com inchaços de repetição, em crianças e adultos jovens do sexo feminino, devem alertar o médico para a existência de alguma coisa incomum no joelho. O curso da doença costuma ser lento, com períodos de sintomas intercalados com períodos assintomáticos.
DIAGNÓSTICO
A ressonância magnética é o exame de imagem que melhor mostra a lesão neoplásica, mas não é possível o diagnóstico apenas pela aparência no exame. Uma arteriografia pode mostrar a lesão vascular se ela for grande, mas também não ajuda a fechar o diagnóstico. A artroscopia acaba sendo indicada para o diagnóstico e o tratamento do hemangioma sinovial do joelho. O diagnóstico definitivo é anatomopatológico. O diagnóstico precoce da lesão neoplásica é importante para evitar um grande comprometimento da articulação, que pode acontecer à medida em que a lesão aumenta de tamanho e invade os tecidos adjacentes. Hemartrose de repetição pode resultar em artrose do joelho semelhante à que acontece com os pacientes hemofílicos. A cartilagem vai sendo destruída por depósitos de hemossiderina.
TRATAMENTO
O tratamento de um hemangioma sinovial na articulação do joelho é a ressecção cirúrgica, que geralmente é feita através de uma artroscopia. Muitas vezes o diagnóstico da neoplasia é feito através do exame histopatológico da lesão ressecada, depois da cirurgia. A boa evolução depende da ressecção completa da lesão neoplásica. Lesões pedunculadas são mais fáceis de serem ressecadas. As lesões difusas são um pouco mais difíceis porque os seus limites podem não ser bem definidos. Em muitos desses casos o ideal é apenas acompanhar clinicamente a lesão porque a possibilidade de recidiva após a ressecção é grande.