TRANSPLANTE DE MENISCO
O menisco é uma estrutura anatômica muito importante no joelho. O joelho é a maior articulação do corpo humano. Ele é formado pela união da extremidade inferior do fêmur ( osso da coxa ), extremidade superior da tíbia ( osso da perna ) e pela patela ( ou rótula ) anteriormente. Entre o fêmur e a tíbia encontram-se duas estruturas de fibrocartilagem, com o formato de meia-lua, chamadas de MENISCOS. Eles funcionam como amortecedores, fazendo a adaptação entre as superfícies cartilaginosas dos dois ossos. O joelho é uma articulação de carga, porque suporta o peso do nosso corpo, e dentro dos nossos joelhos são os meniscos que recebem e transferem parte significativa das forças do fêmur para a tíbia.
ARTROSE
A cartilagem articular do joelho pode sofrer processo de desgaste, que chamamos de artrose, se o menisco estiver gravemente danificado ou tiver sido removido. O problema é que a artrose é uma doença que, até o presente momento, não tem cura conhecida porque a cartilagem não tem capacidade de regeneração. Os meniscos precisam ser preservados para proteção da cartilagem.
ELIGIBILIDADE
O paciente elegível para a cirurgia de transplante de menisco deve ser saudável e jovem. Não pode ser obeso. Não deve ter artrose, os ligamentos devem estar íntegros e o membro inferior deve estar alinhado. O menisco que foi lesionado não tem possibilidade de sutura ou foi retirado em cirurgia anterior ( > 50% ).
TRANSPLANTE
O transplante de menisco é uma cirurgia que tem sido realizada por mais de 20 anos e, apesar de todo esse tempo, o procedimento não é muito comum no dia a dia e os resultados não são uniformemente bons. Índices de falha variam de 20 a 60% e acontecem em até 10 anos depois da cirurgia. Um bom banco de tecidos e cirurgiões treinados são essenciais para que a técnica possa ser executada. A cirurgia pode ser feita por artroscopia.
COMPLICAÇÕES
Infecção, rejeição, rigidez articular e ausência de incorporação/cicatrização são os problemas mais comuns nas cirurgias de transplante de menisco. O risco de adquirir uma doença infecciosa do doador, como HIV, existe, mas é bastante baixo.
REABILITAÇÃO
Muletas e um brace são usados por 6 semanas. Um programa de fisioterapia deverá ser seguido visando a incorporação do enxerto e ganho de mobilidade. O retorno ao trabalho costuma acontecer ao redor dos 3 meses depois da cirurgia. Atividades esportivas só poderão ser retomadas depois de 1 ano, se tudo correr bem.