SVNP NO JOELHO

SINOVITE VILONODULAR PIGMENTADA NO JOELHO

A sinovite vilonodular pigmentada ( SVNP ) é uma doença rara, proliferativa, que acomete a sinóvia, o tecido que reveste as paredes internas das articulações e é responsável pela produção do líquido sinovial. Qualquer articulação sinovial pode ser acometida pela doença, mas o joelho é a articulação mais afetada. Apesar de ser uma doença benigna, ela costuma ser agressiva localmente. Em alguns casos ela pode invadir o meio extra-articular. A doença é mais comum em pessoas com idade entre 30 e 40 anos. A SVNP pode ser classificada em localizada e difusa. O aspecto da lesão é o de uma sinovite proliferativa com coloração acastanhada devido aos depósitos de hemossiderina.

ETIOLOGIA

A causa da sinovite vilonodular pigmentada ainda permanece desconhecida. Uma das hipóteses é a de que uma hemorragia, resultante de um traumatismo no joelho, possa dar início à doença. Mas é apenas uma hipótese. Muitos pacientes não têm histórico de traumatismo no joelho.

SINTOMAS

A evolução da doença é lenta. O joelho afetado apresenta episódios intermitentes de dor, inchaço e rigidez articular. Com o passar do tempo, os sintomas vão ficando mais intensos e mais evidentes, levando o paciente a consultar um médico especialista.

SINOVITE VILONODULAR PIGMENTADA

DIAGNÓSTICO

Por se tratar de uma doença rara, o diagnóstico da sinovite vilonodular pigmentada pode ser retardado até que o quadro clínico esteja bem definido e a lesão seja detectada pelos exames de imagem. O diagnóstico não é óbvio no início da doença. No começo dos sintomas pode haver confusão diagnóstica com a suspeita de doenças mais comuns como artrose, artrite reumatóide, lesão meniscal e lesão ligamentar. O diagnóstico da sinovite vilonodular pigmentada é feito pelo exame de ressonância magnética do joelho.

TRATAMENTO

O tratamento preferencial da sinovite vilonodular pigmentada no joelho é cirúrgico, com a retirada de toda a lesão. Isso evita a progressão da proliferação do tecido anômalo que, se não ressecado, pode destruir a cartilagem articular, causando um quadro de artrose precoce e avançada no joelho. Mesmo com o avanço das técnicas cirúrgicas e o advento da artroscopia, ainda existe uma alta taxa de recorrência da doença depois da cirurgia, em torno de 30%. A radioterapia pode ser indicada como tratamento adjuvante em alguns casos.