DESCOLAMENTO EPIFISÁRIO NO JOELHO

DESCOLAMENTO EPIFISÁRIO NO JOELHO

Descolamento epifisário no joelho é uma lesão ortopédica caracterizada pelo comprometimento da placa epifisária. A placa epifisária, também conhecida como cartilagem de crescimento, é uma área cartilaginosa localizada na extremidade dos ossos longos em crianças e adolescentes na fase de crescimento. A placa epifisária separa a diáfise da epífise óssea. É na placa de crescimento que os ossos longos crescem em comprimento. No joelho estão localizadas as duas placas de crescimento mais ativas do nosso corpo: no fêmur distal e na tíbia proximal. Impactos e entorses podem lesionar a placa epifisária porque trata-se de uma região mais fraca do que a região óssea que já está calcificada.

DESCOLAMENTO EPIFISÁRIO NO JOELHO

Descolamento epifisário no joelho é a fratura-descolamento que acontece na extremidade do fêmur distal e/ou da tíbia proximal, em crianças e adolescentes que estão em fase de crescimento, comprometendo a placa epifisária. A placa epifisária é o local na extremidade dos ossos longos onde acontece o crescimento ósseo em comprimento. O descolamento epifisário deve ser diagnosticado e tratado corretamente porque envolve a placa epifisária. Esse tipo de lesão pode comprometer o crescimento ósseo e provocar deformidades.

DESCOLAMENTO EPIFISÁRIO JOELHO

CAUSAS DO DESCOLAMENTO EPIFISÁRIO NO JOELHO

A causa principal de descolamento epifisário no joelho de crianças e adolescentes é o traumatismo direto na articulação. Impactos no joelho podem acontecer durante a prática de esportes, quedas, atropelamentos ou outros tipos de acidentes. Traumatismos indiretos também podem lesionar a placa epifisária. No nosso meio essas lesões acontecem frequentemente nas crianças que praticam futebol, basquetebol e outros esportes de contato e/ou que envolvem movimentos bruscos e mudanças rápidas de direção.

SINTOMAS

Os sintomas mais comuns de descolamento epifisário no joelho de uma criança ou adolescente são: dor intensa, inchaço, instabilidade, diminuição da mobilidade articular, incapacidade de andar e, algumas vezes, a presença de uma deformidade visível no joelho.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico das lesões envolvendo as placas epifisárias do joelho é feito pelo exame físico do joelho e por exames complementares de imagem. RX, tomografia computadorizada e ressonância magnética do joelho são os exames mais importantes para se diagnosticar esse tipo de lesão.

CLASSIFICAÇÃO DE SALTER-HARRIS

CLASSIFICAÇÃO

A classificação dos descolamentos epifisários mais utilizada pelos médicos ortopedistas é a classificação de Salter-Harris. Nessa classificação as lesões envolvendo a placa epifisária são divididas em 5 tipos. No tipo I existe apenas o descolamento da placa epifisária. No tipo II a fratura compromete a metáfise. No tipo III a fratura compromete a epífise. NO tipo IV a fratura compromete a metáfise e a epífise. No tipo V, que é a lesão mais grave, a placa epifisária está esmagada.

TRATAMENTO

O tratamento do descolamento epifisário no joelho depende da idade do paciente e da gravidade da lesão. Casos mais simples são tratados conservadoramente com medicamentos anti-inflamatórios, imobilização do joelho e repouso. Nos casos mais graves, onde existe descolamento importante dos fragmentos fraturados, pode ser necessário uma cirurgia para realinhamento e estabilização articular. Em todos os casos sessões de fisioterapia são importantes após a remoção da imobilização.

ESPECIALISTA

Um médico ortopedista especialista em joelho deve ser consultado nos casos de traumatismos no joelho em crianças e adolescentes, principalmente nos casos onde a criança apresenta dor intensa e incapacidade funcional da articulação. Lesões envolvendo a placa epifisária podem comprometer o crescimento ósseo e até provocar deformidades.