DISPLASIA DA TRÓCLEA

DISPLASIA DA TRÓCLEA

Displasia da tróclea, tróclea displásica, displasia troclear ou tróclea rasa são expressões encontradas com alguma frequência nos laudos de exames de imagem do joelho. A expressão provoca grandes dúvidas no paciente. Displasia da tróclea é uma alteração anatômica envolvendo a articulação patelofemoral. Muitas vezes pode ser a causa principal dos problemas envolvendo essa articulação.

DISPLASIA DA TRÓCLEA

Displasia da tróclea se refere ao desenvolvimento anormal da tróclea. Tróclea é o nome do sulco no fêmur distal onde a patela se articula. Quando o joelho é dobrado, a patela se acomoda na tróclea femoral. As facetas da patela ficam paralelas às paredes do sulco troclear. A tróclea é um sulco côncavo que impede o deslocamento lateral da patela. Ela serve como apoio ou fulcro para que a patela aumente a eficiência do músculo quadríceps femoral. Uma tróclea displásica significa que o sulco troclear é raso. Isso faz com que a patela fique instável e predisposta a sair do lugar ou luxar. A displasia da tróclea é uma das principais causas da luxação patelar.

SINTOMAS

Pacientes que apresentam tróclea displásica costumam se queixar de desconforto, falseios, rangidos e dor na região anterior do joelho. A hipermobilidade da patela, possível quando a tróclea é displásica, causa instabilidade da articulação patelofemoral.

DISPLASIA TRÓCLEA

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da tróclea displásica pode ser feito pelo exame físico e por exames de imagem do joelho. No exame físico do joelho o médico ortopedista identifica que a patela é hipermóvel, medial e lateralmente, com o joelho estendido e também quando fletido a 45˚. O teste de apreensão para o deslocamento lateral da patela costuma ser positivo. O paciente tem a sensação de que a patela vai sair do lugar quando o médico força o deslocamento lateral do osso para fora da tróclea. Nos exames de RX, tomografia computadorizada e ressonância magnética do joelho é possível identificar a tróclea displásica porque ela é mais rasa do que deveria ser. A displasia da tróclea pode ser leve, moderada ou grave. A tróclea femoral é classificada como displásica quando o ângulo do sulco troclear for maior do que 145 graus.

TRATAMENTO

O tratamento da displasia da tróclea costuma ser desafiador porque trata-se de uma alteração anatômica óssea. Pacientes que apresentam luxação patelar recorrente podem ser candidatos à cirurgia, principalmente quando apresentam displasia grave da tróclea. A cirurgia pode precisar de vários procedimentos, dependendo do caso. Trocleoplastia, reconstrução do ligamento patelofemoral medial e osteotomia da tuberosidade tibial são as três intervenções mais comuns. Como cada caso de displasia da tróclea tem características próprias, o tratamento de cada paciente é diferente.