Extrusão meniscal, também conhecida como deslocamento externo do menisco, acontece quando o menisco desliza para fora do platô tibial. Isso acontece quando o menisco ou as estruturas que mantêm o menisco no seu lugar sofrem estiramento ou se rompem. A extrusão meniscal é diagnosticada no exame de ressonância magnética do joelho. Com o menisco extruso as cartilagens adjacentes do côndilo femoral e do platô tibial entram em processo degenerativo rápido que culmina em alterações artrósicas precoces do joelho.

EXTRUSÃO MENISCAL

Extrusão meniscal é uma expressão encontrada frequentemente nos laudos de exames de ressonância magnética do joelho. A expressão extrusão meniscal, também conhecida como deslocamento externo do menisco, indica que o menisco está parcialmente ou totalmente fora do seu lugar e deslocado para fora da articulação. Um deslocamento lateral maior do que 3mm, observado no exame de ressonância magnética, já caracteriza uma extrusão meniscal. Para que o menisco se desloque externamente a estrutura meniscal e/ou as estruturas ligamentares que o mantêm no lugar precisam ser estiradas ou rompidas.

MENISCOS

Os meniscos são estruturas anatômicas localizadas dentro do joelho, entre o fêmur e a tíbia. O joelho tem dois meniscos: menisco medial e menisco lateral. Eles são formados por fibrocartilagem, têm a forma de meia-lua, e funcionam como amortecedores do joelho. Histologicamente falando os meniscos são formados por fibras de colágeno tipo I, elastina, proteoglicanos, glicoproteínas e água. Como amortecedores, os meniscos transmitem toda a carga que é aplicada ao joelho e absorvem impactos. Seu formato aumenta a área de contato entre o fêmur e a tíbia e, consequentemente, a congruência articular. Eles também ajudam na estabilidade articular, na propriocepção, na lubrificação e na nutrição da cartilagem.

ESTABILIDADE MENISCAL

Quando o menisco recebe carga, as forças compressivas geram tensões circulares radiais em toda a sua estrutura. Essas tensões sofrem resistência da integridade dos feixes de colágeno dentro do menisco, dos pontos de fixação das suas raízes no platô tibial, dos ligamentos intermeniscais e dos ligamentos coronários ( meniscotibiais ). A ruptura de qualquer uma dessas estruturas resistivas tem como consequência a extrusão meniscal, ou seja, o menisco acaba sendo deslocado externamente do seu lugar.

ARTROSE DO JOELHO

Uma lesão meniscal é um dos fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento de artrose no joelho. Quando o menisco fica extruso, a área de contato entre as superfícies de cartilagem aumenta e, consequentemente, a pressão que a cartilagem recebe também aumenta. O aumento da pressão recebida pela cartilagem dá início à degeneração condral. O compartimento lateral do joelho é mais afetado por esse processo do que o compartimento medial. A extrusão meniscal geralmente faz parte do processo crônico associado à evolução da artrose do joelho.

SINTOMAS

Os sintomas da extrusão meniscal são os mesmos sintomas da lesão meniscal: dor, inchaço, estalos e até o bloqueio articular.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico de extrusão meniscal e do comprometimento da cartilagem é feito através do exame de ressonância magnética do joelho. A ressonância magnética é o melhor exame de imagem para avaliação do joelho.

TRATAMENTO

A extrusão meniscal acaba levando à artrose do joelho. O tratamento não operatório costuma ser a opção mais comum para evitar a rápida progressão do processo degenerativo da cartilagem. Em pacientes jovens com lesão meniscal extrusa traumática pode-se indicar o reparo da rotura meniscal e/ou da raiz meniscal para corrigir a extrusão.