GESSO NO JOELHO
Gesso no joelho é uma forma de imobilização que usa um aparelho gessado para estabilizar e imobilizar o joelho enquanto ele se cura. O aparelho gessado é uma cobertura rígida circunferencial aplicada no joelho para imobilizar a articulação. O gesso mantém a articulação e os ossos do joelho imóveis e alinhados enquanto eles cicatrizam. Gesso no joelho pode ser necessário após fraturas, luxações, entorses e cirurgias. O gesso no joelho deve ser aplicado por um médico ortopedista especialista em joelho. Existem vários riscos associados ao gesso no joelho. Os aparelhos gessados podem ser feitos com ataduras de gesso ( gesso convencional ) ou com ataduras de fibra de vidro ( gesso sintético). O paciente que recebe gesso no joelho deve receber orientações médicas quanto aos cuidados com a imobilização e sinais de problemas.
GESSO NO JOELHO
A imobilização do joelho com um aparelho gessado pode ser necessária após entorses graves, fraturas, luxações, tenorrafias e cirurgias. Imobilizar o joelho com gesso é a forma mais simples de manter as estruturas articulares imóveis enquanto cicatrizam. Um aparelho gessado consiste em uma malha tubular aplicada sobre o membro a ser imobilizado. Por cima da malha tubular é colocada uma camada de acolchoamento uniforme, normalmente algodão ortopédico. As ataduras de gesso são então molhadas e desenroladas sobre o algodão ortopédico. O gesso das ataduras gessadas endurece em poucos minutos, tempo em que o médico faz o modelamento do gesso no joelho. A técnica de imobilizar o joelho e deixá-lo em repouso por algum tempo para que as estruturas lesionadas cicatrizem é muito antiga. Repouso e imobilização são as técnicas mais simples de tratamento conservador das lesões musculoesqueléticas.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
As principais vantagens de se imobilizar o joelho com gesso são: custo acessível, técnica consagrada, evita procedimento cirúrgico e facilidade para cuidar. As principais desvantagens são: possibilidade de rigidez articular, atrofia muscular, feridas na pele e síndrome compartimental. O gesso também exige cooperação do paciente para cuidar da imobilização gessada.
MATERIAIS
Para confecção de um gesso no joelho o médico especialista precisa de malha tubular, algodão ortopédico e ataduras de gesso. Se optado por gesso sintético as ataduras de gesso são substituídas por ataduras de fibra de vidro.
CONTRA-INDICAÇÕES
Traumatismos agudos, com risco de inchaço do joelho, não devem ser tratados inicialmente com aparelhos gessados. Existe o risco de isquemia e necrose do membro. Essa condição é chamada de síndrome compartimental. Fraturas expostas e lesões de pele também são contra-indicações.
COMPLICAÇÕES
Gesso no joelho pode causar várias complicações. Lesões térmicas ( durante o endurecimento do gesso ), úlceras compressivas, rigidez articular, comprometimento vascular, comprometimento neurológico e síndrome compartimental são as complicações mais comuns.
RETIRADA DO GESSO
A retirada do aparelho gessado do joelho é muito simples. Ela é feita com o uso de uma serra elétrica oscilatória, tesoura ortopédica, cizalha e espátula. A serra é barulhenta, mas não machuca a pele. O gesso é primeiro cortado com a serra oscilatória e depois retirado com auxílio dos outros instrumentos.
TEMPO DE USO DO GESSO
O tempo de uso de um aparelho gessado no joelho depende da condição médica que está sendo tratada com a imobilização. O tempo médio de uso varia de 2 a 12 semanas, mas esse número é bastante variável e depende de avaliação médica especializada porque cada caso tem as suas particularidades.
TIRAR GESSO ANTES DO TEMPO
Não é recomendado tirar o gesso antes do tempo. A retirada do aparelho gessado antes do tempo estipulado pelo médico especialista pode prejudicar o tratamento. Ossos fraturados podem ainda não estar consolidados. Ligamentos e tendões lesionados podem ainda não estar cicatrizados. O gesso do joelho deve ser retirado pelo médico ortopedista que confeccionou o aparelho e supervisionou o tratamento.
COCEIRA
A queixa mais comum do paciente com gesso no joelho é coceira na pele. A coceira acontece por causa do suor da pele. Muitos pacientes tentam aliviar a coceira introduzindo réguas, lápis, agulhas de tricô ou outros objetos dentro do aparelho gessado. A introdução de objetos no gesso não é recomendada porque pode causar ferimentos na pele e até infecções. Uma maneira de aliviar a coceira provocada pela imobilização gessada é usando um secador de cabelos. As extremidades do gesso podem ser ventiladas com o secador no modo frio.
COMO TOMAR BANHO
O gesso não pode ser molhado. O paciente deverá proteger o aparelho gessado durante o banho. Isso pode ser feito com filmes plásticos enrolados ao redor do aparelho gessado ou com sacos plásticos especiais que são próprios para essa finalidade.
CUIDADOS COM O GESSO
Mantenha o gesso sempre limpo e seco. Não coloque nada dentro do gesso para coçar a pele. Não puxar nem retirar a malha tubular ou o algodão ortopédico para fora do aparelho gessado. Usar plástico próprio para cobrir o gesso durante o banho. Sempre contrair os músculos dentro do gesso para ativar a circulação. Sempre verificar a perfusão sanguínea nos dedos dos pés. Mau cheiro, formigamento e sangramento são sinais de alerta, bem como dedos do pé inchados, amortecidos e escuros. Em caso de compressão e/ou dor no joelho, entrar em contato com o médico responsável ou o serviço médico onde o gesso foi aplicado. O gesso deverá ser trocado se ele quebrar ou molhar.
HISTÓRIA DO APARELHO GESSADO
A imobilização com aparelho gessado faz parte da história da ortopedia. Métodos de imobilização são aplicados desde o tempo dos antigos egípcios para tratamento das lesões musculoesqueléticas. O primeiro aparelho gessado parecido com o que conhecemos hoje foi desenvolvido pelo cirurgião militar holandês Antonius Mathijsen no ano de 1.851. Os aparelhos gessados modernos são bastante confortáveis. Eles são bem mais leves e confortáveis do que os aparelhos de gesso antigos porque são feitos de fibra de vidro e outros materiais sintéticos.