INSTABILIDADE DA PATELA DO JOELHO
Instabilidade patelar é a incapacidade da patela de se manter na tróclea femoral durante os movimentos da articulação do joelho. A patela é o osso móvel localizado na frente do joelho. Ela se encaixa num sulco no fêmur chamado tróclea femoral. Durante os movimentos de flexão e extensão do joelho a patela se desloca para cima e para baixo dentro da tróclea femoral. A instabilidade patelar acontece quando, durante os movimentos do joelho, a patela se desloca parcialmente ou totalmente para fora da tróclea femoral.
INSTABILIDADE PATELAR
Instabilidade patelar acontece quando a patela se desloca parcialmente ou totalmente do seu sulco no fêmur, a tróclea femoral, durante os movimentos de flexão e de extensão do joelho. Patela é o osso móvel localizado na frente do joelho. Ela funciona como um fulcro para potencializar a força gerada pelo músculo quadríceps femoral. Num joelho normal a patela, que tem sua face articular convexa, se encaixa na tróclea femoral, que é côncava. Ela é mantida no seu lugar por dois fortes tendões. O tendão quadricipital liga a patela ao fêmur e o tendão patelar liga a patela à tíbia. A cápsula articular e os ligamentos patelofemoral medial e patelofemoral lateral ajudam na manutenção da estabilidade da articulação patelofemoral. Traumatismos e alterações anatômicas, como patela alta e displasia da tróclea, podem fazer com que a patela se desloque parcialmente ou totalmente para fora da tróclea femoral durante os movimentos de esticar e dobrar o joelho. Essa tendência de a patela sair do seu lugar é chamada de instabilidade patelar. Existem dois tipos de instabilidade patelar. O deslocamento parcial da patela da tróclea femoral é chamado de subluxação patelar. Já o deslocamento completo da patela da tróclea femoral é chamado de luxação patelar.
SINAIS E SINTOMAS
A instabilidade patelar costuma ser diagnosticada na infância. As crianças afetadas se queixam de dor, inchaço, rigidez, claudicação, sensação de falseio e até o travamento do joelho. Em algumas crianças a instabilidade é visível e percebida pelos pais da criança que notam que a patela parece se descentralizar do seu lugar durante os movimentos do joelho. Quase todos os pacientes com instabilidade patelar têm a sensação de que a patela sai do lugar. A patela normalmente volta sozinha ao seu lugar, mas em alguns casos é necessário levar a criança a um pronto-socorro para que um médico ortopedista reduza a luxação. O deslocamento da patela é um evento bastante doloroso. Nos deslocamentos crônicos da patela a dor é menos intensa do que num deslocamento agudo e traumático.
DIAGNÓSTICO
A instabilidade patelar é diagnosticada através do exame físico do joelho e exames de imagem. RX, tomografia computadorizada e ressonância magnética são exames de imagem importantes solicitados pelo médico ortopedista especialista em joelho para diagnosticar a instabilidade. O exame de ressonância magnética é muito importante para se verificar a existência de lesões ligamentares e lesões na cartilagem. Displasia troclear, alterações anatômicas da patela, altura patelar, TA-GT e os eixos do membro inferior são verificados e medidos nos exames de imagem do joelho.
TRATAMENTO
Na grande maioria das vezes a patela deslocada volta sozinha para o seu lugar. Se a patela não se reduzir sozinha e se mantiver deslocada, é necessário atendimento médico imediato para que um médico especialista coloque a patela de volta no seu lugar. O tratamento da instabilidade patelar depende do número de vezes que a patela se deslocou para fora da tróclea femoral. No primeiro deslocamento o tratamento costuma ser conservador com imobilização, repouso, gelo e medicamentos anti-inflamatórios. Após alguns dias de repouso a fisioterapia é iniciada para fortalecimento dos músculos do joelho que ajudam a evitar que a patela saia novamente do lugar. Deslocamentos patelares repetitivos têm uma outra abordagem. Alguns casos podem precisar de cirurgia para realinhamento patelar, trocleoplastia e reconstrução dos ligamentos rompidos. A cirurgia também é indicada nos casos onde fragmentos de cartilagem se soltaram da patela, mesmo que seja o primeiro episódio de deslocamento patelar.